Quando falamos da distribuição de produtos, a rastreabilidade é fundamental para acompanhar a jornada desde a fabricação até a chegada ao consumidor final. Na indústria de alimentos, essa importância é ainda mais expressiva.
Um artigo citado pela OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), a ONU traz números sobre o consumo de alimentos contaminados. Veja:
- 600 milhões de pessoas em todo o mundo adoecem;
- 420.000 morrem dessa mesma causa.
O objetivo da rastreabilidade é trabalhar para garantir a qualidade dos produtos durante toda a cadeia produtiva, agilizando processos corretivos e a identificação de problemas quando necessário.
Neste artigo, você irá entender a importância de ter produtos alimentícios rastreáveis, como esse processo funciona e as formas de aplicação. Veja!
O que é a rastreabilidade de alimentos?
A rastreabilidade é um tema de grande relevância para a gestão da cadeia produtiva de todo tipo de produto, principalmente na fabricação, distribuição e transporte.
Segundo a ANVISA, a rastreabilidade é “o conjunto de procedimentos que permite detectar a origem e acompanhar a movimentação de um produto ao longo da cadeia produtiva, mediante elementos informativos e documentais registrados”.
Na indústria alimentícia, essa é uma das partes mais importantes da cadeia de produção, sobretudo quando consideramos mercados complexos, como os destinados à proteína animal e aos produtos industrializados.
Na prática, esse é um conceito que trata da vistoria de todos os estágios das etapas produtivas, de modo a gerar dados e criar códigos sobre os lotes/produtos.
É um conjunto de procedimentos documentados de todo ciclo de movimentação de produtos ao longo da cadeia, que detecta:
- Origem;
- Produção;
- Processamento;
- Distribuição.
Essa é, portanto, uma maneira de garantir e comprovar a qualidade de tudo que é consumido. É também uma exigência legal e, portanto, obrigatória.
Como funciona a rastreabilidade de alimentos?
A rastreabilidade de alimentos é um processo que envolve a identificação e o registro de todos os produtos. Para isso, há o uso de diferentes tecnologias e procedimentos.
As etapas de produção podem ser registradas por meio das seguintes soluções:
- Códigos alfanuméricos: identifica os lotes com números e caracteres alfabéticos;
- Chips: indicados para identificar grandes lotes, transmitindo a informação diretamente para um sistema;
- Código de barras: método mais comum na identificação de produtos;
- QR Codes: semelhante ao código de barras, porém podem ser lidos em dois planos (dimensão 2D).
Além disso, as empresas devem utilizar sistemas de rastreabilidade, de modo a integrar e consolidar os dados.
Esses sistemas são capazes de rastrear cada lote de produto, identificando as informações relevantes, como:
- Origem dos ingredientes;
- Dados produtivos e de validade;
- Etapas de processamento;
- Informações sobre o transporte e distribuição.
O resultado dessa ação é a redução da produção e distribuição de alimentos que estão fora dos padrões de qualidade estabelecidos. Assim, diminuindo o recall alimentício e aumentando a segurança do consumidor.
Principais benefícios da rastreabilidade
Registrar todo o caminho percorrido pelo alimento é mais do que uma simples exigência legal. Sua aplicação é essencial para a segurança do que é consumido e para a imagem da empresa.
Promover a rastreabilidade é, acima de tudo, uma ação proativa das companhias. Elas devem entregar um alimento seguro e de qualidade para o consumidor, oferecendo a garantia de origem e produção sustentável para o mercado alimentício.
Mas, os benefícios vão muito além. Saiba mais!
Melhora a gestão
Por meio dos registros, é possível gerenciar todas as informações das etapas e processos. Isso permite uma análise completa dos indicadores de sucesso, ajudando a analisar todas as operações internas e também os parceiros do negócio.
Auxilia no controle de estoque
Uma boa gestão de estoque, assessorada com o rastreamento de produtos, agiliza os processos de envios, recebimentos dos itens e controle dos preços de compra e venda.
Essa capacidade de registro pode também ser integrada às operações contábeis, como emissão de nota fiscal. Isso permite um alinhamento mais efetivo entre os departamentos da empresa.
Contribui para a segurança e qualidade de produtos alimentícios
Com consumidores exigentes, a busca pela segurança alimentar (food safety) é cada vez mais recorrente na atualidade.
Os alimentos devidamente registrados auxiliam a equipe de controle de qualidade na rápida retirada de circulação de lotes ou produtos, em caso de situações potencialmente perigosas.
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Aumenta o valor agregado ao produto
A rastreabilidade de produtos reflete o nível organizacional da empresa, reforçando uma imagem positiva do negócio.
Ao ter os processos otimizados, automatizados e detalhados, a companhia evidencia o alto nível de gerenciamento, colocando-a como uma referência no mercado.
Há, por exemplo, empresas que utilizam matéria-prima diferenciada, caso dos orgânicos; estão envolvidas em projetos socioambientais; ou relacionadas com questões religiosas, como os alimentos Kosher.
Atende às exigências do mercado
O consumidor final tem acesso às informações sobre o que ele consome. Ele sabe de onde vem e qual o caminho percorrido pelas carnes, vegetais e industrializados que ele consome.
Logo, passa a ter informações para fazer avaliações de acordo com suas preferências.
Garanta a segurança alimentar com as melhores soluções
Na atualidade, a rastreabilidade é mais uma garantia de segurança alimentar. Ela viabiliza a rapidez na localização de um produto no mercado, especialmente em casos de risco ou perigo à população.
Assim, o controle, a avaliação e o tempo de resposta para qualquer problema serão rapidamente sanados, devido ao acesso imediato e aos registros completos e precisos sobre cada produto.
Ou seja, assim como as regras associadas à APPCC e à FSMA, essa é mais uma ação que tem o objetivo de diminuir ou eliminar os perigos presentes em cada etapa de fabricação de um alimento.
Outra forma muito eficiente para evitar problemas quanto à segurança é investir em sistemas de detecção de metais. Eles contam com equipamentos de alta sensibilidade capazes de identificar partículas contaminantes na linha de produção.
Esses maquinários encontram desde pequenos pedaços de fios e parafusos, até as menores partículas ferrosas, não ferrosas e de aço inoxidável, auxiliando na segurança e rastreabilidade.
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Bônus: saiba o que diz a lei sobre a rastreabilidade de alimentos
Como destacado anteriormente, a rastreabilidade de alimentos é obrigatória. Para regulamentá-la existem algumas normas relacionadas a diferentes órgãos que dizem respeito ao tema e sua legislação.
Entre as principais legislações, podemos listar:
- RDC nº 24 de 08 de junho de 2015: Ligada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), essa resolução determina os critérios e procedimentos para o recolhimento de alimentos por empresas na cadeia de produção alimentar;
- INC nº 02 de 07 de fevereiro de 2018: elaborada pela Anvisa e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) essa norma dispõe sobre a obrigatoriedade da aplicação de procedimentos rastreáveis aos vegetais frescos destinados à alimentação humana ao longo de sua cadeia produtiva;
- IN nº 51 de 1º de outubro de 2018: criada pelo MAPA, essa norma institui o Sistema Brasileiro de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos (SISBOV), que garante a rastreabilidade bovina e seus produtos derivados.
Fique atento a essas leis e garanta a rastreabilidade em todas as etapas da produção!
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