O Brasil é a 10ª maior economia do mundo, conforme o Valor, e o sétimo maior país em número de habitantes, segundo o G1. Não à toa é extremamente relevante no mercado alimentício global.
Assim, nesse cenário, o aumento no volume produtivo precisa manter o nível de qualidade e segurança, além de incentivar a redução no desperdício.
No artigo a seguir, apresentaremos algumas das tendências do setor para 2025. Acompanhe o conteúdo e fique por dentro das novidades.
Vamos lá?
Qual é o atual cenário global do mercado alimentício?
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), o mercado alimentício é o maior do país! Afinal, em março de 2024, o mesmo puxou a produção industrial, gerando um crescimento de 0,9%.
Sem contar que, as exportações do setor, no primeiro semestre do ano passado, alcançaram US$30,7 bilhões. Isso resultou em uma elevação de 8,5% em valor e de 19,1% em volume.
Por isso, o faturamento de janeiro a junho do mercado alimentício atingiu R$586,2 bilhões.
Nesse mesmo período, os produtos industrializados ajudaram a conter a inflação dos alimentos. Enquanto os in natura subiram 13,57% no IPCA, os industrializados tiveram aumento de apenas 1,28%.
Isso ocorreu porque a produção industrial é menos afetada por fatores como sazonalidade e clima. E ainda, por usar estoques e ferramentas tecnológicas para manter os preços mais estáveis.
Assim, esses produtos equilibraram o impacto no custo dos alimentos e evitaram uma inflação ainda maior no setor.
De todo modo, a indústria alimentícia brasileira representa 10,7% do PIB. Além disso, investe constantemente em tecnologia para atender o crescimento populacional e a demanda dos novos consumidores.
Como, por exemplo, o segmento investirá R$120 bilhões no Brasil entre 2023 e 2026, destinando R$75 bilhões para novas fábricas e modernizações, e R$45 bilhões para pesquisa e inovação.
Esses números comprovam que o mercado alimentício brasileiro é extremamente importante para o cenário nacional e internacional.
Veja as tendências da indústria alimentícia para 2025
Depois de apresentarmos um breve resumo do cenário do mercado alimentício nacional, é a vez de destacar quais serão as tendências mais buscadas e aprovadas pelos consumidores em 2025.
Confira a lista com 4 delas!
1. Sustentabilidade e zero desperdício
No próximo ano, a população continuará questionando o processo produtivo dos alimentos, exigindo maior transparência sobre ingredientes, qualidade e impacto na saúde.
Além disso, a preocupação com os efeitos ambientais da produção alimentícia ganhará ainda mais destaque.
Dados do Senado mostram que o Brasil ocupa a 10ª posição no ranking global de desperdício, com 30% dos alimentos produzidos sendo descartados. Isso representa um total de 46 milhões de toneladas por ano.
Nesse cenário, indústrias que investirem em práticas sustentáveis, como redução de desperdícios e uso de embalagens biodegradáveis, terão uma posição de vantagem no mercado em 2025.
No entanto, as iniciativas não devem parar por aí.
É crucial investir em uma produção capaz de preservar os recursos naturais, alinhada aos princípios de ESG (Environmental, Social and Governance).
Indústrias comprometidas com a sustentabilidade terão maiores chances de conquistar e fidelizar consumidores que adaptaram seus hábitos para preservar o planeta.
2. Uso da tecnologia e da Inteligência Artificial na produção
Você sabia que 47% dos consumidores brasileiros concordam que a tecnologia deveria ser capaz de nos ajudar a viver de forma mais sustentável? Esse dado da Mintel é a conexão direta entre a tendência anterior e esta.
O uso crescente de tecnologia na produção de alimentos é inevitável para enfrentar desafios como a crise climática e a alimentação de uma população crescente.
Contudo, é normal perceber uma certa resistência de muitos consumidores a essa mudança, preferindo métodos tradicionais de cultivo e produção.
Para conquistar confiança, as indústrias devem integrar tecnologia a sistemas tradicionais, explicando como ambas se complementam e beneficiam o meio ambiente, os produtores e os consumidores.
Por exemplo, o avanço e o uso da IA permite prever demandas, gerenciar estoques e personalizar o atendimento. Com isso, a ferramenta:
- Otimiza a produção em tempo real;
- Ajusta rapidamente a cadeia de suprimentos;
- Garante a qualidade dos produtos.
Além disso, promove a sustentabilidade ao reduzir o uso de recursos naturais e permite adaptar produtos às preferências dos consumidores.
Leia também: Como a automação industrial influencia a produção de alimentos?
3. Mudanças na cadeia de suprimentos
Ainda conforme a Mintel, os desafios climáticos mais frequentes e eventos geopolíticos, como guerras, estão elevando os custos alimentares.
Isso também está aumentando a conscientização dos consumidores sobre como os acontecimentos mundiais podem afetar seus planos alimentares.
Para lidar com a incerteza desse mercado, principalmente quanto às interrupções na cadeia de suprimentos, eles estão buscando conhecimento.
Por isso, será de extrema importância que a indústria comunique claramente como ajustou suas fontes de fornecimento locais e globais para beneficiar os clientes. Isso deve acompanhar as mudanças nas necessidades e valores morais, em um mundo cada vez mais volátil.
4. Rastreabilidade
A rastreabilidade tornou-se uma das informações mais valorizadas pelos consumidores, especialmente após alguns produtos do setor alimentício não adotarem boas práticas de fabricação.
Com isso, a rastreabilidade passou a ampliar o acesso a informações detalhadas sobre cada matéria-prima, desde sua origem na propriedade rural.
Dessa forma, o cliente tem acesso a dados completos sobre a origem, cultivo, processamento e distribuição dos alimentos.
A transparência gerada por essas informações fortalece a confiança do público, contribuindo para a fidelização.
Qual o papel da segurança dos alimentos nesse cenário?
A segurança dos alimentos permeia as tendências para o mercado alimentício em 2025. Afinal, ela envolve medidas de controle para evitar contaminações durante a produção.
Mas, para atender essas novidades e exigências, as indústrias devem:
- Otimizar processos;
- Aumentar a produção;
- Manter a qualidade;
- Reduzir os riscos de contaminação e impactos ambientais.
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