O processamento de alimentos é uma atividade comum na cadeia produtiva mundial. Sua função é manter o perfil de nutrientes, o gosto e o sabor por mais tempo.
Porém, manter a segurança na fabricação dos alimentos é indispensável para a indústria e para o consumidor. Isso exige a adoção de medidas, ações e tecnologias específicas.
Neste artigo, entenda:
- Quais são os níveis de processamento;
- As principais etapas;
- As melhores estratégias para manter a segurança da fabricação.
Acompanhe!
Como os alimentos são classificados?
Uma alimentação saudável é essencial na prevenção de diversas doenças, como: obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Mas, com o aumento dos ultraprocessados, o risco de saúde da população mundial é crescente.
No Brasil, essa categoria teve aumento médio de 5,5% em um período de 10 anos. A informação é de estudo feito pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens/USP).
Assim, para auxiliar a população brasileira, o Ministério da Saúde desenvolveu o “Guia alimentar para a população brasileira”. O documento recomenda escolher alimentos in natura ou minimamente processados, em detrimento dos ultraprocessados.
Segundo o Guia Alimentar, existem quatro categorias conforme o nível de processamento. Veja:
Alimentos ultraprocessados
São formulações prontas para consumo e com maior teor de alteração de suas características naturais.
As fórmulas são feitas com ingredientes industriais, como carboximetilcelulose, açúcar invertido, maltodextrina, frutose, xarope de milho, adoçantes, entre outros.
Exemplos:
- Biscoitos doces e salgados;
- Macarrão instantâneo;
- Refrescos e refrigerantes.
Alimentos processados
São feitos com alimentos in natura, minimamente processados e outros ingredientes.
Exemplos:
- Conservas de legumes;
- Extrato de tomate com sal;
- Frutas em calda;
- Queijos.
Alimentos minimamente processados
São alimentos in natura que, antes de sua aquisição, foram submetidos a alterações mínimas. Com isso, aumenta-se levemente o tempo de prateleira.
Exemplos:
- Grãos secos e empacotados ou moídos na forma de farinhas;
- Cortes de carne resfriados ou congelados;
- Leite pasteurizado.
Alimentos in natura
Obtidos diretamente de plantas ou animais, como folhas, frutos, ovos e leite. Eles não sofrem alteração após deixarem a natureza.
Não possuem aditivos químicos e/ou conservantes. Por consequência, possuem reduzido tempo de prateleira, sendo mais saudáveis.
Objetivos do processamento de alimentos
Um relatório publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) destacou que no ano de 2022 foram gerados 1,05 bilhão de toneladas de resíduos alimentares (incluindo partes não comestíveis).
Segundo Inger Andersen, diretora-executiva do PNUMA, “o desperdício de alimentos é uma tragédia global. Milhões de pessoas passarão fome hoje, enquanto alimentos são desperdiçados em todo o mundo”.
A resolução para este problema mundial é complexa e muito complicada. Mas o processamento pode, de alguma forma, representar parte da solução.
Tal medida permite que alimentos tenham maior vida de prateleira e reduz o desperdício. Congelados, por exemplo, duram mais tempo e apresentam menor chance de estragar antes do consumo.
Além disso, o processamento de alimentos é uma forma de:
- Garantir a segurança alimentar;
- Aumentar a durabilidade;
- Melhorar o sabor e a textura dos produtos;
- Aumentar a palatabilidade;
- Facilitar o consumo;
- Aumentar a disponibilidade.
No entanto, o processamento exige a adoção de medidas de controle de qualidade e de segurança alimentar. Dessa forma, garantindo a segurança e saudabilidade do consumo.
Etapas do processamento de alimentos
O processamento de alimentos é um conjunto de técnicas e operações. Ele é responsável por transformar matérias-primas em produtos prontos para o consumo.
A Indústria 4.0, diversifica o processo, que varia conforme o tipo de alimento, do equipamento utilizado e do produto final. No entanto, algumas etapas são mais comuns:
Recepção e seleção das matérias-primas
Inicialmente, as matérias-primas chegam à indústria alimentícia e são inspecionadas para:
- Verificar a qualidade;
- Identificar possíveis contaminações;
- Garantir padrões previamente estabelecidos.
Também são classificadas por tamanho, cor, tipo e outras características relevantes para o processo.
Limpeza e higienização
As impurezas (terra, pedra e demais materiais estranhos) são removidas e a matéria-prima é lavada e desinfectada.
Preparo
No preparo, as matérias-primas são cortadas em tamanhos e formatos adequados para possibilitar o processamento posterior.
A moagem é também um processo comum. Ela é destinada ao beneficiamento de grãos para a produção de farinhas.
Processamento
Nessa etapa, as seguintes operações são realizadas:
- Cocção: aplicação de calor para cozinhar, pasteurizar ou esterilizar os alimentos;
- Secagem: remoção da umidade para aumentar a vida útil e facilitar o armazenamento;
- Fermentação: utilização de microrganismos para transformar açúcares em álcool, ácido lático ou outros compostos, como os relacionados à produção de iogurte e pão;
- Adição de ingredientes: incorporação de outros ingredientes, como sal, açúcar, especiarias e conservantes.
Embalagem
Nessa etapa é selecionado o tipo de embalagem mais adequada para o produto. Ela deve proporcionar proteção, conservação e uma boa apresentação.
Posteriormente há o envasamento. Nele, o produto é embalado e selado para garantir a integridade do produto.
Armazenamento e transporte
Os produtos são armazenados em condições controladas de temperatura, umidade e iluminação.
Por fim, os produtos são transportados até os pontos de venda (supermercados e restaurantes).
Mas, tão importante quanto priorizar a qualidade do produto processado, é garantir a sua segurança alimentar, ou a food safety!
Basicamente, esse é o ramo da ciência que trata do manuseio, preparação e armazenamento correto, como visto no eBook que desenvolvemos sobre o tema:
Como garantir a segurança do alimento durante o processamento?
O processamento de alimentos é fundamental para a indústria, influenciando diretamente na qualidade do produto a ser consumido.
Contudo, todas as etapas devem ser cuidadosamente gerenciadas, desde a recepção da matéria-prima até o armazenamento.
Logo, um alimento processado só é eficaz quando todas as operações de segurança são praticadas! Elas devem evitar a propagação de contaminações e a presença de corpos estranhos.
Acompanhe algumas dessas medidas:
Aplique o sistema APPCC
Para garantir a segurança no processamento de alimentos, o APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) é essencial.
Este é um sistema baseado em estudos frequentes quanto aos riscos biológicos, químicos e físicos, garantindo a eliminação dos diferentes tipos de contaminação.
Suas ações englobam todas as operações, desde a fabricação da matéria-prima até a distribuição e consumo.
Essa ferramenta é fundamental para a gestão, ao garantir a qualidade e segurança da produção e comercialização dos alimentos.
Adote as Boas práticas de fabricação
A aplicação das Boas Práticas de Fabricação (BPF) também contribui com a segurança na produção. Ela se baseia em princípios e procedimentos relacionados ao manuseio e ao correto processamento dos alimentos.
As BPF permitem:
- Maior controle de qualidade;
- Prevenção de perigos;
- Inocuidade dos produtos;
Os controles de processos, higiene e sanitização também são contemplados. Para sua aplicação, alguns passos devem ser seguidos:
- Treinamento;
- Elaboração do plano de ação;
- Desenvolvimento e aplicação do Procedimentos Padrão de Higiene Operacional (PPHO), Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) e Manual de Boas Práticas de Fabricação;
- Relatório com a apresentação dos resultados;
- Supervisão contínua;
- Auditoria independente.
Essas medidas afetam positivamente a segurança do produto final.
Invista em avanços tecnológicos
O uso da tecnologia é a garantia de maior durabilidade, conservação da qualidade e segurança do alimento.
Na atualidade, este artigo do SENAI-RS reforça que existe uma variedade de tecnologias amplamente utilizadas na indústria, incluindo os seguintes métodos de preservação:
- Químicos: redução de pH ou o uso de conservantes;
- Físicos: aquecimento, congelamento, resfriamento, desidratação e embalagens.
Há ainda a contaminação física, caracterizada pela ocorrência de pelos de roedores, fragmentos de insetos, lascas de madeira e borracha, pedras e metais nos alimentos.
Neste caso, uma ótima solução preventiva é contar com dispositivos de alta sensibilidade. Eles são capazes de identificar partículas contaminantes na linha de fabricação.
Conhecidos como detectores de metais industriais, esses equipamentos:
- Identificam contaminações metálicas;
- Separam produtos afetados;
- Entregam relatórios com as informações observadas no processamento do alimento.
Instalados na linha de produção, estes maquinários encontram mínimas partículas ferrosas, não ferrosas e de aço inoxidável, impedindo que elas cheguem ao final do processamento.
Também atendem aos padrões de segurança, como a RDC 14, contribuindo com a redução de contaminações.
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Como você acompanhou, os detectores de metais apresentam elevados níveis de sensibilidade e identificação de contaminantes. Logo, são ferramentas imprescindíveis na indústria processadora de alimentos.
Estes equipamentos podem ser customizados conforme as necessidades do processo produtivo, entregando ainda mais precisão nas leituras.
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