Etapas do processamento de alimentos: como manter a segurança?

por | 26 set, 2024 | Detectores de metais industriais | 0 Comentários

O processamento de alimentos é uma atividade comum na cadeia produtiva mundial. Sua função é manter o perfil de nutrientes, o gosto e o sabor por mais tempo.

Porém, manter a segurança na fabricação dos alimentos é indispensável para a indústria e para o consumidor. Isso exige a adoção de medidas, ações e tecnologias específicas.

Neste artigo, entenda:

  • Quais são os níveis de processamento;
  • As principais etapas;
  • As melhores estratégias para manter a segurança da fabricação. 

Acompanhe!

Como os alimentos são classificados?

Como os alimentos são classificados

Uma alimentação saudável é essencial na prevenção de diversas doenças, como: obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Mas, com o aumento dos ultraprocessados, o risco de saúde da população mundial é crescente.

No Brasil, essa categoria teve aumento médio de 5,5% em um período de 10 anos. A informação é de estudo feito pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens/USP).

Assim, para auxiliar a população brasileira, o Ministério da Saúde desenvolveu o “Guia alimentar para a população brasileira”. O documento recomenda escolher alimentos in natura ou minimamente processados, em detrimento dos ultraprocessados.

Segundo o Guia Alimentar, existem quatro categorias conforme o nível de processamento. Veja:

Alimentos ultraprocessados

São formulações prontas para consumo e com maior teor de alteração de suas características naturais.

As fórmulas são feitas com ingredientes industriais, como carboximetilcelulose, açúcar invertido, maltodextrina, frutose, xarope de milho, adoçantes, entre outros.

Exemplos: 

  • Biscoitos doces e salgados;
  • Macarrão instantâneo;
  • Refrescos e refrigerantes.

Alimentos processados

São feitos com alimentos in natura, minimamente processados e outros ingredientes. 

Exemplos:

  • Conservas de legumes;
  • Extrato de tomate com sal;
  • Frutas em calda;
  • Queijos.

Alimentos minimamente processados

São alimentos in natura que, antes de sua aquisição, foram submetidos a alterações mínimas. Com isso, aumenta-se levemente o tempo de prateleira.

Exemplos:

  • Grãos secos e empacotados ou moídos na forma de farinhas;
  • Cortes de carne resfriados ou congelados;
  • Leite pasteurizado.

Alimentos in natura

Obtidos diretamente de plantas ou animais, como folhas, frutos, ovos e leite. Eles não sofrem alteração após deixarem a natureza.

Não possuem aditivos químicos e/ou conservantes. Por consequência, possuem reduzido tempo de prateleira, sendo mais saudáveis.

Objetivos do processamento de alimentos

Objetivos do processamento de alimentos

Um relatório publicado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) destacou que no ano de 2022 foram gerados 1,05 bilhão de toneladas de resíduos alimentares (incluindo partes não comestíveis).

Segundo Inger Andersen, diretora-executiva do PNUMA, “o desperdício de alimentos é uma tragédia global. Milhões de pessoas passarão fome hoje, enquanto alimentos são desperdiçados em todo o mundo”.

A resolução para este problema mundial é complexa e muito complicada. Mas o processamento pode, de alguma forma, representar parte da solução.

Tal medida permite que alimentos tenham maior vida de prateleira e reduz o desperdício. Congelados, por exemplo, duram mais tempo e apresentam menor chance de estragar antes do consumo.

Além disso, o processamento de alimentos é uma forma de:

  • Garantir a segurança alimentar;
  • Aumentar a durabilidade;
  • Melhorar o sabor e a textura dos produtos;
  • Aumentar a palatabilidade;
  • Facilitar o consumo;
  • Aumentar a disponibilidade.

No entanto, o processamento exige a adoção de medidas de controle de qualidade e de segurança alimentar. Dessa forma, garantindo a segurança e saudabilidade do consumo.

Etapas do processamento de alimentos

O processamento de alimentos é um conjunto de técnicas e operações. Ele é responsável por transformar matérias-primas em produtos prontos para o consumo.

A Indústria 4.0, diversifica o processo, que varia conforme o tipo de alimento, do equipamento utilizado e do produto final. No entanto, algumas etapas são mais comuns:

Recepção e seleção das matérias-primas

Inicialmente, as matérias-primas chegam à indústria alimentícia e são inspecionadas para:

  • Verificar a qualidade;
  • Identificar possíveis contaminações;
  • Garantir padrões previamente estabelecidos.

Também são classificadas por tamanho, cor, tipo e outras características relevantes para o processo.

Limpeza e higienização

As impurezas (terra, pedra e demais materiais estranhos) são removidas e a matéria-prima é lavada e desinfectada.

Preparo

No preparo, as matérias-primas são cortadas em tamanhos e formatos adequados para possibilitar o processamento posterior.

A moagem é também um processo comum. Ela é destinada ao beneficiamento de grãos para a produção de farinhas.

Processamento

Nessa etapa, as seguintes operações são realizadas:

  • Cocção: aplicação de calor para cozinhar, pasteurizar ou esterilizar os alimentos;
  • Secagem: remoção da umidade para aumentar a vida útil e facilitar o armazenamento;
  • Fermentação: utilização de microrganismos para transformar açúcares em álcool, ácido lático ou outros compostos, como os relacionados à produção de iogurte e pão;
  • Adição de ingredientes: incorporação de outros ingredientes, como sal, açúcar, especiarias e conservantes.

Embalagem

Nessa etapa é selecionado o tipo de embalagem mais adequada para o produto. Ela deve proporcionar proteção, conservação e uma boa apresentação.

Posteriormente há o envasamento. Nele, o produto é embalado e selado para garantir a integridade do produto.

Armazenamento e transporte

Os produtos são armazenados em condições controladas de temperatura, umidade e iluminação.

Por fim, os produtos são transportados até os pontos de venda (supermercados e restaurantes).

Mas, tão importante quanto priorizar a qualidade do produto processado, é garantir a sua segurança alimentar, ou a food safety!

Basicamente, esse é o ramo da ciência que trata do manuseio, preparação e armazenamento correto, como visto no eBook que desenvolvemos sobre o tema:

Food Safety: entenda a segurança do alimento na indústria alimentícia!

Como garantir a segurança do alimento durante o processamento?

O processamento de alimentos é fundamental para a indústria, influenciando diretamente na qualidade do produto a ser consumido.

Contudo, todas as etapas devem ser cuidadosamente gerenciadas, desde a recepção da matéria-prima até o armazenamento.

Logo, um alimento processado só é eficaz quando todas as operações de segurança são praticadas! Elas devem evitar a propagação de contaminações e a presença de corpos estranhos.

Acompanhe algumas dessas medidas:

Aplique o sistema APPCC

Para garantir a segurança no processamento de alimentos, o APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) é essencial.

Este é um sistema baseado em estudos frequentes quanto aos riscos biológicos, químicos e físicos, garantindo a eliminação dos diferentes tipos de contaminação.

Suas ações englobam todas as operações, desde a fabricação da matéria-prima até a distribuição e consumo.

Essa ferramenta é fundamental para a gestão, ao garantir a qualidade e segurança da produção e comercialização dos alimentos.

Adote as Boas práticas de fabricação

A aplicação das Boas Práticas de Fabricação (BPF) também contribui com a segurança na produção. Ela se baseia em princípios e procedimentos relacionados ao manuseio e ao correto processamento dos alimentos.

As BPF permitem:

  • Maior controle de qualidade;
  • Prevenção de perigos;
  • Inocuidade dos produtos;

Os controles de processos, higiene e sanitização também são contemplados. Para sua aplicação, alguns passos devem ser seguidos:

  • Treinamento;
  • Elaboração do plano de ação;
  • Desenvolvimento e aplicação do Procedimentos Padrão de Higiene Operacional (PPHO), Procedimentos Operacionais Padronizados (POP) e Manual de Boas Práticas de Fabricação;
  • Relatório com a apresentação dos resultados;
  • Supervisão contínua;
  • Auditoria independente.

Essas medidas afetam positivamente a segurança do produto final.

Invista em avanços tecnológicos

O uso da tecnologia é a garantia de maior durabilidade, conservação da qualidade e segurança do alimento.

Na atualidade, este artigo do SENAI-RS reforça que existe uma variedade de tecnologias amplamente utilizadas na indústria, incluindo os seguintes métodos de preservação:

  • Químicos: redução de pH ou o uso de conservantes;
  • Físicos: aquecimento, congelamento, resfriamento, desidratação e embalagens.

Há ainda a contaminação física, caracterizada pela ocorrência de pelos de roedores, fragmentos de insetos, lascas de madeira e borracha, pedras e metais nos alimentos.

Neste caso, uma ótima solução preventiva é contar com dispositivos de alta sensibilidade. Eles são capazes de identificar partículas contaminantes na linha de fabricação.

Conhecidos como detectores de metais industriais, esses equipamentos:

  • Identificam contaminações metálicas;
  • Separam produtos afetados;
  • Entregam relatórios com as informações observadas no processamento do alimento.

Instalados na linha de produção, estes maquinários encontram mínimas partículas ferrosas, não ferrosas e de aço inoxidável, impedindo que elas cheguem ao final do processamento.

Também atendem aos padrões de segurança, como a RDC 14, contribuindo com a redução de contaminações.

Conheça as soluções da Fortress Technology

Como você acompanhou, os detectores de metais apresentam elevados níveis de sensibilidade e identificação de contaminantes. Logo, são ferramentas imprescindíveis na indústria processadora de alimentos.

Estes equipamentos podem ser customizados conforme as necessidades do processo produtivo, entregando ainda mais precisão nas leituras.

Com esse entendimento, aposte na linha de detectores de metais da Fortress Technology. Somos líderes globais na fabricação de máquinas, peças e sistemas digitais para detecção de contaminantes metálicos. 

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